Fases do desenvolvimento Psicossexual

Segundo Sigmund Freud, criador da Psicanálise, o aparelho psíquico (mente humana) é algo sujeito a transformação, que a partir da estrutura mais primitiva, o ID (que está totalmente no Inconsciente), vai se tornando diferente nas demais instâncias e se tornando mais complexo.

O desenvolvimento do Psiquismo deve ser entendido pelas transformações pelas quais passam nosso DESEJO, pelas transformações que nossa LIBIDO sofre ao se defrontar pelos diferentes desafios impostos pela realidade física e social que nos circulam.
A libido é a energia que alimenta nosso psiquismo.

Antes, importante destacar sobre a fixação:

Então o que acontece durante cada estágio de desenvolvimento psicossexual? E se uma pessoa não consegue progredir através de um estágio completamente ou favoravelmente? Se essas etapas psicossexuais são concluídas com êxito, uma personalidade saudável é o resultado. Se certas questões não são resolvidas na fase adequada, fixações podem ocorrer. A fixação é um foco persistente em um estágio psicossexual. Até que este conflito seja resolvido, o indivíduo mantém-se "preso" nesta fase

Através de seus estudos, Freud determinou a existência de 5 fases pelas quais passa nosso desenvolvimento psíquico:

Fases oral, fase anal, fase fálica, fase de latência e fase genital.

FASE ORAL
O primeiro foco de nossa libido são as nossas necessidades de nutrição, satisfeita através de nossa boca, pelo aleitamento. Neste momento de vida, há a erotização, isto é, a concentração de nossa energia libidinal na região bucal.

Por esta razão chama a fase de ORAL, pois a boca é o centro do nosso investimento libidinal.

Por outro lado é preciso salientar que o seio materno também se reveste de um papel importante nesta fase, pois é ele a fonte primária da alimentação e de satisfação do bebê.

O principal objeto do desejo nesta etapa é o seio materno, fonte de nutrição, conforto e prazer, ao qual o Id demanda acesso imediato assim que a fome surge.

Neste momento da vida, ainda não existe uma clara consciência ou diferenciação do EU em relação ao mundo e aos objetos que cercam o bebê.

Portanto é algo impreciso nos referirmos ao seio materno como um objeto visado pelo bebê.

Do ponto de vista do lactante, o seio é visto como uma prolongação do próprio corpo, assim como todos os seus dados da experiência (isto é, não há um a clara distinção entre o eu que percebe e o objeto percebido, estando ambos de certa maneira fundidos na experiência.

Por isso, por exemplo, é comum o bebê sentir alegria ao lhe ser agraciado os lábios com os dedos.

Caso ocorra algum tipo de trauma nesta fase, a bebê ao se tornar adulto pode apresentar alguns hábitos, neuroses etc inerentes à esta fase do desenvolvimento, como por exemplo, desejo de manter o prazer na região bucal, como compulsão por fumar, beber e comer demais.

Logico que referidas características não são isoladas e derivadas de apenas uma fase do desenvolvimento, pois o psiquismo passa por toda as fases e o resultado é o conjunto de todas elas.

FASE ANAL

Freud denominou de fase anal, o período evolutivo do psiquismo humano situado entre 2 e 4 anos de idade. Embora o termo anal se refira especificamente ao que se concerne ao ânus, na Psicanálise as manifestações desta fase abrangem também as que ocorrem em outras zonas corporais, como as provenientes da musculatura e da ação motora.

Conforme o corpo e o aparelho psíquico vão amadurecendo e novas maneiras de interação com o mundo vão surgindo, a libido ( que é a energia psíquica) procura satisfação na realização de outras atividades para além da região da boca ( o que era na fase oral).

Neste sentido, por exemplo, é a possibilidade de controle dos esfincteres das excreções. A criança começa a controlar a vontade de realizar suas necessidades fisiológicas, como urinar por exemplo. Quando a criança deixa de usar fraldas, por exemplo, isto, inconscientemente na criança passa a ser uma grande conquista, pois ela consegue ter controle sobre partes de seu corpo, as quais antes estavam praticamente sem controle, pois por isso precisava usar fraldas, pois não possuia o controle em relação as suas necessidades fisiológicas (urinar e evacuar).

Nesta fase também coincide com os seguintes aspectos.

1- aquisição da linguagem e da capacidade de engatinhar e andar.

2- o despertar da curiosidade que leva a criança a explorar o mundo exterior.

3- Progressivo aprendizado do controle esfincteriano e da motricidade.

4- Os ensaios de individualização e separação.

5- O uso de brinquedos, as brincadeiras e jogos.

6- A aquisição da condição saudável de dizer NÃO, que se manifesta sob a forma de teimosia e alguma rebeldia.

Algumas neuroses e disfunções mentais em adultos derivam de uma "fixação" ocorrida na fase anal, assim como em outras fases do desenvolvimento psicossexual.

FASE FÁLICA

A palavra Falica vem de "falo" que significa pênis. 
Nesta terceira fase é quando a criança começa a perceber a diferença entre os gêneros.

Há que se destacar que a chamada libido (que é a força psíquica) nesta fase nada tem haver com o conceito libidinal que adultos tem.

A descoberta tanto do pênis, como da possibilidade da sua perda (a castração que implica a a vagina), levariam a criança a desenvolver uma série de fantasias em torno deste novo fico do investimento libidinal, e ao desenvolvimento assimetrico dos gêneros.

Os meninos por possuírem um pênis e as meninas por não o possuírem teriam suas linhas de evolução psicológica diferenciadas a partir daí.

A substituição da relação diádica (criança -mãe) pela triádica (criança-pai-mãe) possibilitada pela diferenciação dos gêneros, é o caminho para o desenvolvimento e fortalecimento do Super Ego, ou seja, da instância moral no psiquismo.

Em outras palavras , é só a partir de então, que o psiquismo realmente passaria a estar inserido na sociedade, ao reconhecer regras que ultrapassam a sua experiência imediata e que representam um freio ao desejo que vai além da impossibilidade física para sua realização.

Fixação nesta fase pode desencadear no adulto algumas características específicas de algum tipo de neurose, por exemplo.

FASE DE LATÊNCIA

Aproximadamente depois dos 6 anos de idade, a criança entra no chamado período de latência, que é um adormecimento da sexualidade em termos de zonas erógenas corpóreas. Esta fase apresenta praticamente duas características:

1ª- vai ocorrer a repressão da sexualidade infantil (conforme já escrevi acima), com uma amnésia (esquecimento) relativa às experiências anteriores. (Bem claro: não estou relatando acerca de experiências sexuais, logicamente, e sim e puramente acerca da questão de zonas de libido - que é a energia psíquica do ID). Na fase oral, a criança sente o prazer libidinal (energia psíquica) na região bucal, depois na fase anal em relação a conseguir controlar suas necessidades fisiológicas e na terceira fase, a fálica, quando já consegue diferenciar as diferenças entre os gêneros - masculino e feminino, por exemplo).

2ª: consiste no fato de que a estrutura psíquica da criança tem um reforço das aquisições do ego.

Ou seja, a libido (energia psíquica) é deslocada para outras formas de obtenção do prazer, como atividades escolares, curiosidades infantis, reconhecimento dos pais e ensinadores como empenhadores de esforços.

Começa-se nesta fase também a as aspirações morais (do que é certo e errado) estéticas (o que é considerado bonito e feio). De certa forma este período é considerado como sendo aquele que consolida a formação do caráter da criança.

Fixação ou algum trauma nesta fase, vão se manifestar, no adulto mais à frente alguns tipos de transtornos psíquicos, segundo os estudos psicanalíticos de Freud.

FASE GENITAL

Durante a fase final de desenvolvimento psicossexual, o indivíduo desenvolve um forte interesse sexual no sexo oposto - ou não. Esta fase começa durante a puberdade, mas passa por todo o resto da vida de uma pessoa.

Em fases anteriores, o foco foi exclusivamente nas necessidades individuais, porém o interesse pelo bem estar dos outros cresce durante esta fase. Se as outras etapas foram concluídas com êxito, o indivíduo deve agora ser bem equilibrado, tenro e carinhoso. O objetivo desta etapa é estabelecer um equilíbrio entre as diversas áreas da vida.

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